Palestra no TRE-AC debate combate ao racismo e justiça racial nas organizações

Iniciativa integra campanha do mês da consciência negra e reúne especialistas em diversidade e inclusão

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Nesta sexta-feira (29), o Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC) realizou a palestra “Do conceito à prática: caminhos para promover a justiça racial nas organizações”, como parte da campanha “Caminhos da Consciência”, promovida ao longo de novembro. O evento, transmitido pelo canal oficial do TRE-AC no YouTube, reuniu especialistas e autoridades para debater a importância da diversidade, do combate ao racismo e da inclusão no ambiente institucional.

A iniciativa teve como objetivo fomentar a reflexão e conscientização sobre a luta contra o racismo estrutural, promover a valorização da cultura afrodescendente e inspirar práticas antirracistas no âmbito organizacional.

Dois palestrantes de destaque conduziram o evento: Sabrina de Paula Braga, doutoranda e mestre em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com sólida atuação acadêmica e prática em equidade racial; e Leonardo Santos de Souza, analista judiciário do TRE-PR e membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político (Abradep), reconhecido por sua expertise em diversidade e inclusão.

O Presidente do TRE-AC, Desembargador Júnior Alberto, abriu o evento reforçando a necessidade de ações transformadoras para promover a equidade racial. “A justiça racial não é apenas um imperativo ético, mas uma estratégia que fortalece as organizações. Diversidade gera inovação e impacto social positivo, mas isso exige conhecimento, ação e compromisso com mudanças estruturais”, enfatizou.

Durante o evento, Sabrina Braga apresentou reflexões fundamentais sobre branquitude, privilégio branco e lugar de fala, destacando que reconhecer privilégios é essencial para combater o racismo estrutural. “O privilégio branco perpetua desigualdades e limita oportunidades para pessoas não brancas. Reconhecer e enfrentar essas questões é um passo fundamental para promover a justiça racial e criar ambientes organizacionais mais inclusivos e equitativos”, destacou.

Já o palestrante Leonardo de Souza complementou o debate ao abordar a dimensão estrutural do racismo no Brasil, apontando caminhos práticos para ações antirracistas. “O Brasil tem a maior população negra fora da África, mas ainda vivemos uma exclusão histórica e estrutural. Não basta não ser racista; é necessário ser ativamente antirracista. Isso exige ouvir, aprender, reconhecer privilégios e lutar por mudanças concretas”, destacou.

A mediação ficou a cargo da Juíza-Auxiliar da Presidência, Louise Santana, que trouxe contribuições relevantes a partir de sua experiência no Judiciário. “Este debate nos lembra que reconhecer privilégios e enfrentar preconceitos é indispensável para garantir uma justiça verdadeiramente inclusiva e equitativa”, disse.

O evento também contou com a participação da Juíza Substituta Kelley de Oliveira, do Juiz da 9ª Zona Eleitoral Alesson Braz e de servidores do tribunal.

A palestra está disponível no link.

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Endereço e telefones do tribunal.

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