Estudo aponta subnotificação de 61% no registro de violência contra mulher
Em 2023, no Acre, 1.820 mulheres recorreram à medida protetiva de urgência

Em sua décima edição, o Mapa Nacional da Violência de Gênero constatou que a subnotificação dos casos de violência doméstica e familiar contra mulheres pode chegar a 61%. Esta foi a primeira vez que o levantamento, elaborado pelo Observatório da Mulher contra a Violência do Senado juntamente com o Instituto DataSenado, fez a estimativa da subnotificação desse tipo de crime.
A pesquisa aponta que 48% das brasileiras já sofreram algum tipo de violência no convívio familiar, embora somente 30% declarem já ter passado por esse tipo de situação. E em 92% dos casos de agressão a violência foi provocada por um homem.
Para chegar a essa diferença, os organizadores do estudo adotaram os conceitos de violência percebida e violência vivida. Nesse último caso estão as situações em que o agressor pratica atitudes como insulto, empurrão ou quebrar objetos para assustar a mulher, mas ela não entende esses atos como violência.
Segundo o estudo, em 2023, no Acre, 1.820 mulheres recorreram à medida protetiva de urgência. A atual gestão do Tribunal Regional Eleitoral do Acre não tem medido esforços para conscientizar e sensibilizar magistrados e servidores sobre a gravidade do tema.
Mapa
O Mapa da Violência de Gênero reúne as bases do Senado Federal, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Conselho Nacional de Justiça e do Sistema Único de Saúde. O trabalho conta com parceria do o Instituto Avon e da organização Gênero e Número, que cobre questões de gênero e raça no Brasil e na América Latina desde 2016.
Acesse o Mapa e o material de divulgação por aqui. https://www12.senado.leg.br/institucional/omv/mapadaviolencia