O Presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), Desembargador Júnior Alberto, e a Vice-Presidente e Corregedora Eleitoral, Desembargadora Waldirene Cordeiro, marcam presença no 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A abertura foi realizada na noite desta segunda-feira (2), em Campo Grande (MS). A solenidade também contou com a participação da Presidente do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Desembargadora Regina Ferrari, e da Juíza-Auxiliar da Corregedoria Eleitoral do Acre, Izabelle Sarmento.

Durante o evento, o Presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Luís Roberto Barroso, destacou a relevância e a eficiência do Judiciário brasileiro, que julga mais de 35 milhões de processos anualmente, um recorde mundial. Barroso comparou essa atuação a uma autoestrada que conecta pessoas e possibilita o desenvolvimento social e econômico.

O ministro também ressaltou o equilíbrio institucional vivido pelo país, mesmo em tempos agitados. “Vivemos a mais absoluta harmonia institucional. Na democracia, há espaço para todos e oportunidade para dialogar com os que pensam diferente. Somos parceiros na construção de uma sociedade plural, aberta e democrática, a partir deste Judiciário que conta com 18 mil juízes e juízas que prezam pela dignidade de todas as pessoas”, afirmou.

Em um balanço do primeiro ano de sua gestão à frente do CNJ, Barroso destacou iniciativas para aproximar o Judiciário da sociedade, como as duas edições do Exame Nacional da Magistratura (ENAM), que aprovaram 11 mil candidatos, incluindo 3.221 pessoas negras, 17 indígenas e 1.056 pessoas com deficiência. Ele também mencionou as bolsas de estudo concedidas aos 100 primeiros aprovados, em parceria com a iniciativa privada, como parte do programa de ação afirmativa do CNJ.

O Presidente em exercício do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJMS), Dorival Renato Pavan, elogiou as metas e inovações implementadas nos últimos anos, que trouxeram um “senso de responsabilidade aos tribunais, voltado à humanização do direito”. Já o governador do Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, enfatizou a importância da convergência de propósitos entre os Poderes para ampliar o diálogo e a cooperação.

A cerimônia de abertura foi enriquecida com a apresentação da Orquestra Indígena de Campo Grande, que executou o Hino Nacional e a música “Aquarela Brasileira”, acompanhada por jovens indígenas da Aldeia Urbana Darcy Ribeiro, sob a regência do maestro Eduardo Martinelli.

O historiador e escritor Leandro Karnal realizou uma palestra intitulada “Ética, Direito e Justiça num mundo em transformação”. Ele destacou a necessidade de conciliar conhecimentos técnicos e formação humanística para lidar com os desafios contemporâneos. “Não existe chance de eu ser apenas um técnico que domina acórdãos, incisos e textos de cor, mas esquecer que tudo aquilo rege um tecido social complexo”, alertou.

Para o Presidente do TRE-AC, este encontro reafirma o papel essencial do Poder Judiciário na construção de uma sociedade mais justa, democrática e plural. “A troca de ideias e a reflexão sobre avanços e desafios nos motivam a aprimorar continuamente nossa atuação, especialmente em um estado como o Acre, onde as peculiaridades regionais demandam soluções criativas e eficazes. Unidos, seguimos trabalhando para garantir que a justiça seja acessível e acolha as necessidades de todos os cidadãos”, enfatizou o Desembargador Júnior Alberto.

O encerramento da noite contou com uma apresentação musical do cantor e compositor Almir Sater, que encantou o público com sua interpretação e talento.

O 18º Encontro Nacional do Poder Judiciário segue nesta terça-feira (3), no Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo, com discussões sobre metas e ações para o aprimoramento do sistema judiciário brasileiro. O evento reúne autoridades de todo o país para debater inovações e estratégias voltadas à melhoria da prestação jurisdicional.

Com informações do CNJ