Distância não é empecilho para atuar como mesário na fronteira com o Peru

Servidor da Justiça Eleitoral no Acre também assume o papel de mesário em comunidade ribeirinha na cidade de Santa Rosa do Purus

Servidor da Justiça Eleitoral no Acre também assume o papel de mesário em comunidade ribeirinha ...

Nem a distância de mais de 300 quilômetros percorridos de barco de Sena Madureira a Santa Rosa do Purus (AC), no meio da Floresta Amazônica, impede o técnico judiciário Gemes Lopes de atuar nas eleições a cada dois anos. Ele já trabalha como mesário desde 2014, já tendo participado de cinco pleitos, todos na localidade, na fronteira com o Peru, que tem população ribeirinha e indígena, somando mais de 600 eleitores.

“Lá [em Santa Rosa do Purus] funcionam duas mesas receptoras de voto. É gratificante atuar na região, pois agrega toda a comunidade que está na localidade e facilita o acesso ao voto, diminuindo a abstenção. A distância de barco até a cidade é de aproximadamente três dias. Se não fosse assim, seria inviável essas pessoas participarem da votação”, destaca o mesário, de 46 anos.

Veja a entrevista no canal do TSE no YouTube.

Em localidades de difícil acesso, como a que atua Gemes, as urnas eletrônicas chegam até as seções eleitorais preferencialmente de aeronaves. Mas, em alguns lugares, o transporte desses equipamentos pode ser via fluvial, por meio de barcos, com o apoio das Forças Armadas ou das Polícias Militares, seguindo solicitação da Justiça Eleitoral no estado.

Satisfação profissional

Para Gemes, o trabalho como mesário é essencial para a democracia. Conforme explica, em cada pleito eleitoral, ele exerce a função de ajudar a população. Assim, os dois trabalhos – de mesário e de técnico judiciário – têm em comum a prestação de serviço e o apoio social.

“No meu dia a dia, lido com processos, atendo o público e presto informações ao cidadão. E como mesário esse trabalho é levado direto ao eleitor, ajudando no exercício de sua cidadania. Acho essencial atuar como mesário, pois exerço o papel de servir e levar um pouco a minha parcela de contribuição [ao processo eleitoral]. Enquanto a Justiça Eleitoral necessitar de mim, estarei à disposição”, afirma.

Série Mesários

Essa história faz parte da série Mesários – A Justiça Eleitoral Mora ao Lado. Os textos estão sendo publicados desde fevereiro de 2022, mês em que a Justiça Eleitoral comemorou 90 anos. A ideia é mostrar que a atuação para garantir o processo democrático por meio das eleições só é possível graças às mesárias e aos mesários que participam ativamente do processo eleitoral em todo o país.

Texto e foto: TSE

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